terça-feira, 22 de novembro de 2016

Não é errado...

     Quem me conhece sabe como sou positiva e alegre. Feliz e de bem com a vida. Não me falta nada, não tenho nada do que me queixar.
     No entanto, como todos os seres mortais, tenho as minhas fases... Aquelas fases de m*rda. E não, não posso culpar a TPM por todos os meus atrofios e dias menos bons.
     Existe uma forte advertência das pessoas no que toca admitir fragilidades, em admitir que, de facto, algo está errado - apesar de não estar.
     Não é errado sentirmo-nos em baixo, não é - de todo - errado sentirmos que podíamos estar melhor, a fazer algo melhor por nós e pelos outros. Não é errado.
     Encararmos as fragilidades como algo natural é necessário... E é por isso que hoje escrevo.
     Cansei-me de fingir que está tudo bem, que não me deixo afectar por nada, e que a minha vida é um conto de fadas.
     Sou, de facto, sortuda por tudo o que possuo, por tudo o que conquistei até hoje, pelas pessoas que tenho na minha vida e pelas escolhas que fiz. Sou a pessoa mais sortuda de sempre e a mais feliz também.
     Mas ser feliz não é estar feliz... Ser é permanente, estar é temporário.
     Sou feliz porque dou valor a todas as coisinhas que tenho na vida - por mais minúsculas que sejam - e vivo muito bem com isso. Mas nem sempre estou feliz, porque ambiciono mais. Sofro de ansiedade! Quero tudo para ontem. Não ambiciono (apenas) bens materiais, ambiciono paz interior, auto-conhecimento, estabilidade emocional, crescimento e realização pessoal... E isto são coisas que não se conseguem de um dia para o outro. Exige muito trabalho, muita reflexão, muito tempo sozinhos.
     Aprendi que me sinto melhor sozinha do que com os outros - apesar de também precisar deles para a minha sanidade mental - mas precisei de chorar muito, de passar muitas noites em claro e muitos dias a deprimir com a minha almofada, para perceber que sou, realmente, feliz sozinha. E isso não faz de mim solitária, faz de mim uma pessoa resolvida.
     Todas as fases más que temos são fruto da nossa consciência. Quando nos tornamos conscientes do que nos falta ou do que precisamos, entramos em colapso. 
     Enquanto não pararmos para pensar, nada nos afecta. E, às vezes, é bem necessário não pensar em nada. Tudo depende do que cada um busca para si. Para mim, foi fulcral.
     Sou feliz, não estou feliz... Mas estarei. 
     Sou pensadora, realizadora dos meus sonhos, imagino e faço por concretizar. 
     Nem sempre com a rapidez e facilidade com que queria, mas aos poucos lá chegarei. No fim, saber-me-á bem melhor!
     Ter dias maus é necessário para que possamos valorizar os bons! E porque eu adoro ditados portugueses "depois da tempestade vem a bonança", pois "não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe!"


Sejam felizes!